Gosto muito de metáforas, parábolas e reflexões paradoxais. Já escrevi alguns artigos comparando a vida com a música, com a dança e com a metamorfose das borboletas. Amo as artes! Hoje eu vou comparar ou fazer você refletir sobre a vida e a pintura.
Leonardo da Vinci, entre inúmeras ocupações, foi um dos mais importantes pintores da época do Renascimento. Quem não conhece, ao menos de ouvir falar, uma de suas obras? A Monalisa é a mais famosa delas e hoje tem um valor inestimável. Fica em exposição em local altamente seguro no Museu do Louvre, na cidade de Paris - França.
Da Vinci foi um dos maiores gênios da história da humanidade. Ele foi um homem à frente de seu tempo. Autodidata e observador do mundo, sempre anotava tudo em seu caderno. Também foi destaque em diversas outras áreas como ciências, matemática e arquitetura. Certamente desenvolveu habilidades notáveis e excepcionais utilizando o pensamento antidialético, criativo, multifocal.
Penso que, antes de começar a pintar, Leonardo Da Vinci fazia aflorar suas emoções e a sua capacidade de ver o mundo de uma forma inovadora, inventiva e brilhante.
Tomava em suas mãos pincéis e tintas, dando início a uma viagem para dentro de si mesmo, fazendo transbordar aquilo que tinha de melhor.
Na vida, eu acredito, devemos agir da mesma forma. Devemos assumir o papel que cabe ao nosso “eu” e desenhar uma linda história, aprendendo a gerenciar as nossas emoções.
Imagine-se como pintor de seu mundo. Coloque as cores que você quiser. Se estiver escuro, dê-lhe claridade. Se estiver opaco, dê-lhe brilho. Coloque cores!
Imagine uma aquarela com as cores mais belas. Qual a sua cor preferida? A minha é o azul. Com essa cor posso pintar meu céu, meu mar e tudo aquilo que me faz sonhar.
Não vivemos num mundo cor-de-rosa. Passamos por desafios e dificuldades. Mas, o importante é saber que podemos e devemos ser livres em nossas próprias mentes.
Em tempos de era digital e inteligência artificial, o que nos diferencia dos robôs? Respondo: o toque humano.
Se quisermos continuar realizando tarefas repetitivas, estaremos levando nossas mentes e corpos a altos níveis de estresse e ansiedade. Em termos de repetição e automação os robôs são melhores do que nós.
O que os seres humanos não podem perder jamais é a humanidade.
Trabalhar habilidades pessoais, demonstrar suas qualidades e talentos individuais, saber provocar, não ser entediante, ser interessante.
Temos que ser mais humanos e menos robóticos. Os robôs não têm à disposição uma aquarela para pintar as suas vidas.
Porém, se formos criativos, inventivos e agirmos extraindo o melhor de nossa humanidade, poderemos utilizar a tecnologia ao nosso favor aliada àquilo que as máquinas não possuem, ou seja, a capacidade de pensar, criar e sentir.
Como uma obra de arte, faça a sua parte. Você é o pintor. Coloque sempre o amor.
Bianca Rosenthal
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