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A música e a vida

A música para quem toca é como a palavra para quem escreve. O som agradável das notas musicais dá o tom, conforta, toca a alma.

Dada à importância, desde a infância, aprende-se o dó-ré-mi. Lembro-me como achava doce e fazia-me sorrir.

Não canto nem toco bem nenhum instrumento musical. Mas aprecio a música, assim como a dança.

Gosto de fazer alguns paralelos e usar algumas metáforas para discorrer sobre o comportamento, a sociedade, a vida, o trabalho, entre outros assuntos.

Hoje, quero fazer uma reflexão sobre a música e a vida.

Dias atrás ouvi uma mãe dizer para um filho adolescente, que estava ouvindo um rock pesado: nossa! Essas pessoas parecem irritadas. O filho respondeu: e estão mesmo! A mãe perguntou: com o quê? E o filho respondeu: com tudo, com a vida!

Não tenho nada contra o rock, até aprecio se for dos bons, mas a questão aqui é: cantando (ou gritando no caso) sobre os sentimentos.

Muitas pessoas vivem aborrecidas, reclamam e se revoltam. Mas essa postura não resolve os problemas.

Penso que se a vida está difícil e se o barulho é demais, talvez seja a hora de mudar a música.

Uma boa música aflora a sensibilidade, suaviza a hostilidade. Assim é a vida. Temos que ajustar os compassos, deixar a leveza transparecer.

Imagine uma bela canção que te leva a outro mundo ou outra dimensão, cheios de encantos e magia. Deixe-se tomar pela emoção, por sentimentos bons que contagiam.

Aprendi que os pensamentos geram sentimentos. Que seus pensamentos sejam bons. Pense coisas boas enquanto a música toca.

Um bom músico consegue tocar os corações das pessoas. Mexer com seus sentimentos. Eles estudam, treinam e depositam nas notas musicais aquilo que carregam consigo e querem extravasar.

As notas musicais vão ganhando vida que irradia e muitas vezes fazem arrepiar.

Assim como a música, nosso comportamento também contagia as pessoas que estão ao nosso redor.

É certo que até a música tem tempos e contratempos. Temos momentos bons e maus na vida, felizes e tristes.

Porém, temos que considerar que somos nós que devemos dar ritmo à música de nossas vidas, assim como o pianista faz ao tocar o piano e o violinista ao tocar seu violão ou violino.

E, para darmos um ritmo agradável e fazer a vida valer a pena, faz-se primordial ser gestor de nosso próprio “eu”. Conseguiremos isso se aprendermos a lidar com nossos próprios fantasmas, medos e fobias, ou seja, utilizando ferramentas de gestão de emoção, enfrentando os problemas de cada dia, e não se preocupando demais com o futuro, a não ser para fins de planejamento.

Levar a vida com bom humor também ajuda. Nesse aspecto, procure ouvir músicas alegres, dance. Comigo dá certo. Se não gosta de dançar e é um tipo de pessoa mais irritadiça, talvez seja bom ouvir músicas calmas para relaxar.

E como é bom elogiar e ser elogiado. Experimente mais disso. Também é música para os ouvidos, alegra o dia e incentiva.

Enfim, dê você mesmo um ritmo agradável à sua vida. Escolha a música que deve tocar e não permita que ninguém o faça por você.

Bianca Rosenthal

advogada e escritora

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