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Bianca Rosenthal lançará o seu sexto livro "Mãe, me conta uma historinha? - Brinquedos", em evento online e ao vivo em sua página do Facebook. O lançamento será no dia 07/05/2021 às 15h, compartilhado pela editora Flamingo e contará com a participação da musicista Cintya Soares, contação de história e muito mais. Compareçam!



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Lúdico é aquilo que remete às brincadeiras e aos jogos criativos, que tem o divertimento acima de qualquer propósito.

Apesar de estarmos vivendo novos tempos, com tecnologias avançadas e um mundo virtual repleto de atrativos, nunca as crianças estiveram tão tristes e angustiadas, algo a ser pensado como muita seriedade.

A era da diversão digital também é a era do aumento absurdo dos transtornos emocionais. As redes sociais e a manipulação por trás das plataformas têm feito com que haja uma mudança de comportamento da humanidade, em especial das crianças e dos jovens.

O documentário “O dilema das redes” retrata de forma bastante realista a situação. Pessoas que trabalharam em altos cargos das principais redes dividem os seus depoimentos e fazem alertas importantes sobre o uso indevido das mesmas, que viciam e influenciam conforme os seus próprios interesses, visando principalmente o lucro. O resultado: crianças e jovens depressivos, escravos da ditatura da beleza, que não sabem lidar com perdas e frustrações, que são incitadas ao ódio através de jogos virtuais violentos, uma geração que não tolera ser contrariada.

Claro que, não podemos deixar de considerar o lado bom da tecnologia. Podemos nos conectar com o mundo, estudar, trabalhar, sem sair de nossas casas, além de vários outros benefícios. Mas, é preciso repensar a operação das plataformas e o tempo que nós e nossas crianças passamos diariamente hipnotizados pelo ambiente virtual sugerido pelas redes, que possuem milhares de dados sobre cada um de nós.

Paralelamente a isso, insisto na importância de capacitar o nosso “Eu”, que representa a nossa capacidade de escolha, o pensamento crítico, para que possamos exercer a arte da dúvida, que é o princípio da sabedoria na filosofia.

E, o resgate do lúdico é extremamente importante para o bem-estar físico e emocional de nossas crianças, especialmente por estimular o pensamento antidialético, que é o pensamento mais profundo, que capacita a ver por múltiplos ângulos, o pensamento multifocal.

Crianças são crianças em qualquer lugar, em qualquer distância. Mas, as crianças de hoje estão muito envolvidas com o ambiente virtual, com os smartphones. O vício neste dispositivo tem sido preocupação recorrente dos profissionais da área da saúde, especialmente da saúde mental.

Muitos pais adquirem brinquedos pedagógicos para os seus filhos nos primeiros anos de idade, mas acabam se rendendo à atração de permitirem os desenhos e joguinhos nos tablets e smartphones. Não raras vezes vemos crianças que somente se alimentam se tiverem com os aparelhos ligados.

Crianças precisam de limites, de proteção e de amor. Trabalhar o lúdico e as habilidades socioemocionais é fundamental para o crescimento de nossos pequenos, no sentido mais amplo do termo.

Vivi uma infância na qual era muito bom brincar de imitação, teatralizar contos de fadas, correr, e, se cair pedir um carinho, brincadeiras no parquinho, amarelinha, brincar de roda, pular corda, jogos de tabuleiro e muito mais. Mundo encantado, de magia, onde a preocupação era tão somente brincar até o fim do dia.

Precisamos regatar a criança que está em nós, para podermos estimular os nossos filhos também. Leia brincando, tente a contação de histórias com fantoches, invente passos de dança, fale sobre a infância que tiveram e mostrem para os seus filhos o encanto do lúdico, promovendo o seu regaste.


Bianca Rosenthal

Advogada e escritora

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Recentemente deparei-me com uma situação que fiz questão de resolver. Algumas de minhas correntinhas e pulseiras estavam todas emboladas, cheias de nós.

Então pensei, há duas boas razões para eu tentar desatar esses nós: 1) eu poderia usar minhas correntinhas e pulseiras novamente; 2) Eu poderia refletir e escrever sobre a questão depois, o que amo fazer.

Comecei o processo. Havia inúmeros nós, no total de quatro correntes e 02 pulseiras presas umas às outras. Tirei os mais fáceis primeiramente. Fui pensando nas estratégias e sobre como pôde chegar naquela situação. Estava confuso demais.

Respirei fundo. Como é bom respirar profundamente para que as ideias possam fluir melhor.

Percebi que alguns dos nós eu poderia desfazer manualmente, mas para outros precisava usar ferramentas.

E assim os nós começaram a ser desfeitos, um a um. A primeira correntinha se soltou e depois a primeira pulseira. Insisti, respirei. Pausas muitas vezes são necessárias. Tomei um bom lanche e continuei o processo. Consegui soltar mais duas correntes. Restaram uma pulseira e uma correntinha bem fininha. Eram as que estavam mais emboladas e difíceis de soltar.

Sabia que ali teria que ter mais paciência, persistência, experimentar qual ferramenta mais adequada para desfazer aqueles nós. Tentei bastante. Tirei alguns deles. Parei, pois tinha muitos afazeres.

No dia seguinte, na primeira oportunidade retomei o processo. Estava tranquila, obstinada a conseguir. Enxergava o sucesso, ou seja, eu usando minhas peças, o meu objetivo.

E assim aconteceu, tirei os nós mais difíceis. Faltava pouco, fiquei muito entusiasmada, já pensando em escrever sobre a reflexão que tive com a experiência. A última corrente e a última pulseira se soltaram. Vitória!

A minha reflexão foi longe. Fiquei imaginando a comparação desses nós com uma mente agitada. Às vezes nossos pensamentos estão muito confusos, desorganizados, como se estivessem amarrados, cheios de nós. Não temos concentração, ficamos irritadiços, não sabemos como agir, apenas reagimos. Dormimos mal, compramos ofensas diárias e ficamos remoendo mágoas.

Precisamos organizar nossas mentes, nossos pensamentos. É como limpar e organizar um quarto sujo e bagunçado. Uma coisa de cada vez deve ser arrumada e limpa. É como desatar os nós de correntinhas, um a um, com paciência, persistência, mas principalmente utilizando as ferramentas certas. Não dá para insistir em algo que não está dando certo.

Temos que encontrar ferramentas de gestão de emoção que nos capacitam a sermos líderes de nós mesmos, a organizar nossos pensamentos, a pensar antes de agir e não reagir a toda e qualquer provocação.

Precisamos também praticar o autodiálogo, fora dos momentos de tensão, o que nos capacita a explorar a inteligência emocional, a criatividade, e que nos leva a agir da melhor forma possível em cada situação, a ter um novo olhar sobre as dificuldades da vida, a maravilha de viver o presente.

E para os momentos de tensão precisamos dar um choque de lucidez nos nossos pensamentos perturbadores, duvidar dos mesmos, criticá-los e determinar que vamos resolver o conflito ou problema, qualquer que ele seja.

Assim, poderemos resolver nossas questões internas uma a uma, desatar os nós existentes, deixando tudo limpo e organizado, com mentes aptas a serem usadas de forma brilhante.

Bianca Rosenthal

Advogada e escritora

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